Sejam, imensamente, felizes...juntos.
Não aguento mais, nem mais uma lágrima, nem mais uma gargalhada, nada, não aguento mais nada, agora não consigo aguentar mais que ficar aqui deitada à espera que as horas passem, que todas as horas passem, qui no meio dos sentimentos, das frases, dos textos de outrora...
Choro tudo o que perdi e rio de tudo o que acreditei, de tudo o que sonhei, desejei e amei...e do que agora sou, uma sombra feliz do que em tempos fui.
Amei demasiados sorrisos, desejei demasiados beijos e abracinhos, sonhei demasiadas vezes e acreditei em olhos de mais.
Em tempos vivi amores que não o eram, realidades que não o eram e até tive amigos que não o eram e os poucos que eram quase que fiz questão de os perder.
Levei-me à ruína...uma ruína onde sou feliz, feliz como nunca havia sido, mas mesmo assim uma ruína, uma ruína onde apenas amo um sorriso, e vivo um amor que o é.
Não sei escrever sobre quão bom é ter a pessoa que se ama, logo, escrevo sobre o quão mau seria se a perdesse. Mas nem tudo o que publiquei era fictício, e mesmo as situações hipotéticas que em 3 posts apresentei, não o eram totalmente, tocavam levemente na minha realidade.
Sinto tudo a ruir à minha volta, começo a deixar de me sentir capaz de conseguir qualquer coisa, até mesmo as coisas a me propus, publicamente, a cumprir…esta impotência aliada a um pequeno grande grupo de outras situações e aborrecimentos diários levam-me a reflectir sobre o verdadeiro sentido da minha vida, e muitas vezes a achar que talvez esteja tudo errado nela.
Não é apenas aquele ciuminho , e admito a sua existência, daquela que já foi a minha melhor amiga a “fazer-se” ao que fez de mim princesa…não, não é apenas isso, claro que o facto de já toda a gente ter reparado e comentado também ajuda, não esquecendo o facto de ele quase se esquecer de mim de cada vez que fala com ela, mas não, também não é apenas isso…neste momento tudo parece inquietar o meu pequeno ser, até a chuva que neste momento bate na janela, manchando os vidros.
Não posso esquecer que o “sou uma pinxexa linda!” foi criado por alguém que ao dar-lhe este nome ganhou de mim um sorriso e um beijo, mas não posso esquecer porque o criou, apenas porque era necessário eu ter um blog para podermos criar um outro conjunto, com o intuito de ensaiarmos para “o nosso romance”…na verdade, nem sei porque insistiu tanto tempo nesse assunto, afinal nunca senti que ele gostasse da minha escrita, como dizia, e talvez não gostasse, realmente, afinal, o meu blog foi criado com um intuito que nunca se cumpriu, não chegámos a criar o nosso blog conjunto…nunca senti que alguém gostasse, realmente, do que escrevo, por isso, talvez não volte a escrever para publicar, ou a publicar o que escrevi.
Talvez tivesse feito melhor figura se não tivesse tirado dos meus cadernos as últimas porcarias que escrevi.
Se alguém ficar chocado ao ler isto: tenho pena.
E assim me despeço, sem garantias de regresso e porque esta é, provavelmente, a última porcaria que publico.
Sou pequena mas tenho sobrevivido a tudo, e assim continuará.
Sonhei que era uma princesa linda e brincava como se assim fosse, sorria ingénua e genuinamente, como todas as crianças…sonhei sem restrições, sem medidas e sem muros, até sonhei acordada.
E os anos passaram e os sonhos foram morrendo, nos dias que correm cada vez que choro é porque reparo que ainda não perdi de todo a ingenuidade de menina…e dói muito…tento transferir a dor dando murros na parede, mas dói muito, dói de mais e não chego a sentir a parede no nó dos dedos que embatem contra ela.
Talvez os adultos não sonhem mesmo, como sempre me disse a minha mãe, mas hoje e porque me disseram que eu era uma princesa linda vi nascer em mim a vontade de voltar a sonhar sem restrições, sem medidas e sem muros…não estarei a ser ingénua, novamente?
Não! Recuso-me a acreditar nisso, recusar-me-ei sempre e para sempre a ser uma pessoa adulta que não se lembra de como é bom sorrir, que não sonha, que apenas sabe dizer que os adultos não têm sonhos, porque se assim tivesse de ser eu não iria crescer, não quero crescer nessas circunstâncias, crescer dói muito, dói de mais, muito mais que todos os murros que se possam dar numa parede.