Sexta-feira, 23 de Maio de 2008
Um dia peço-te em casamento. Um dia encho-te o quarto de flores. Um dia vamos dar uma volta de balão. Um dia fugimos juntos sem dar noticias. Um dia compramos uma casa na praia. Um dia faço de ti a pessoa mais feliz do mundo.
Um dia apareces arrependido, a chorar, com uma rosa vermelha na mão, com um anel no bolso, pedes-me em casamento e vivemos felizes para sempre.
Ah!!! A doce ilusão de ser amada.
Simplicidade é uma casa branca com quatro janelas e uma porta. Simplicidade é sair de casa, olhar o céu e ter a certeza que vai estar sol o dia todo. Simplicidade é a forma com que as folhas crescem nas árvores. Simplicidade é a forma como as crianças ficam besuntadas de cada vez que comem um rebuçado. Simplicidade é apenas olhar, sem ver. Simplicidade é pedir um café e um copo com água. Simplicidade é eu dizer que te amo. Simplicidade é tu não me quereres.
Simplicidade é simplesmente simplicidade.
Dizes-te culpado pela morte dos meus sonhos, mas não, não, Adorável, não me mataste os sonhos. Mataste outras pequenas coisas, que talvez até fossem mais importantes...
Foste tu quem me devolveu a capacidade de sonhar, como o cirurgião que devolve a capacidade de ver. Reinventaste-os de ti para mim, estão agora melhores que os que um dia tinha sonhado sozinha, estão agora melhores que os que perdi por ninguém os querer sonhar comigo.
Pena já não me servirem, pena os teres já esquecido, pena já não os quereres, pena eu desejar não os querer também.
Tudo só se foi como veio, sem eu merecer...não te merecia quando chegaste e também não mereci quando partiste.
Tenho pena que as lembranças um dia se esgotem, que se esgotem novas, novas de serem lembradas pela primeira vez...tento pensar menos, para que as novas durem mais, para que as novas nunca acabem...mas quanto mas as aperto em mim mais elas querem ser lembradas e choradas e, quanto mais elas querem ser lembradas e choradas mais eu as aperto em mim e, quanto mais eu as aperto em mim mais elas querem ser lembradas e...
Lembro-me da nossa primeira discussão, não me lembro se era minha ou tua, mas...desta vez não houve discussão...tudo se foi, tudo se foi, como um punhado de cinzas que o vento leva e nunca mais volta a juntar.
Quarta-feira, 21 de Maio de 2008
Não me odeias, mas...também não me amas. Não me viras as costas mas, também não me abraças. Não me odeias, mas...também não me amas. Não desapareces de vez da minha vida mas, mas também não chego a ver-te. Não me odeias, mas...também não me amas.
Nunca te quis cansar do meu amor, nunca me cansei de esperar pelo teu, nunca te quis aborrecer com as minhas conversas, nunca me aborreceste com as tuas, nunca quis que te fartasses da minha voz, da minha forma de andar, dos meus abraços, nunca me fartei de nada em ti...quero tudo outra vez.
Teria sonhado cada centímetro da nossa vida, teria mudado as minhas conversas, teria até acabado com elas se assim fosse preciso, teria mudado a minha forma de andar, passaria apenas a saltitar se quisesses, teria arranjado maneira de trocar de voz, mudaria os meus abraços, mas nunca deixaria de tos dar...
Se me amasses, Adorável, seria feliz...assim sendo, não sou feliz mas, também não sou infeliz.
Não te perdi, pois nunca te tive realmente.
Segunda-feira, 19 de Maio de 2008
Hoje apenas quero chorar e não mais que isso, apenas chorar, chorar, chorar e chorar...amanhã vou estar melhor, muito melhor, pois lá no fundinho sei que vou ter esperança que venhas atrás de mim. Depois de amanhã vou continuar a ter a mesma esperança e depois de depois de amanhã também, e depois, e depois, e depois...
Um dia hei-de acordar sem me lembrar de ti, porque no fundinho eu sei que não vens atrás de mim.
Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
Gosto da forma como saltitamos de assuntos quando falamos ao telefone, parece que seríamos capazes de saltitar por todos os assuntos existentes como se de quase nada falássemos, se pudesse estava sempre a falar contigo, sempre, sempre…adoro a tua voz.
Espero que não te fartes de mim, às vezes tenho medo que te fartes de mim, que te fartes de me conhecer…tenho medo de tanta coisa, acho que tenho medos a mais, mas não consigo evita-los, mas gostaria de conseguir fazer com que deixasses de te sentir inseguro, sei que ficas com medo de pôr um pé em falso e que venha outro e aproveite a tua falha e fique com o teu lugar, sei disso, já me explicaste esse teu medo, também sei que não o consegues evitar...mesmo assim eu gostava tanto de te dar segurança. Foi das primeiras coisas que me disseste enquanto namorados, disseste que não conseguias viver inseguro, que detestavas insegurança nas relações, foi por isso que mesmo sem me amares me pediste em namoro? O “dar nomes às coisas” dá-te segurança? Já dei nome ao que sinto por ti…não quer dizer que seja o mais lhe assenta, é um nome muito gasto, principalmente, pelas pessoas que não sabem o seu verdadeiro significado, eu acredito que sei qual é, sabes, eu acredito, acredito porque me fizeste acreditar...és o primeiro que amo porque não consegui evita-lo mas tentei, juro que tentei…o amor é algo tão grandioso que sempre me assustou sempre fugi dele, a verdade é essa.
Já falamos em inventar palavras…mas parece que esse papel não nos assenta, então, só podemos usar as palavras que alguém um dia inventou sem sabermos se significam o que achamos que significam, logo, com as que tenho só posso chamar amor ao que sinto por ti…
Lembras-te da primeira vez que disseste “Amo-te”??? E da minha primeiríssima vez?? Sabes, não me lembro da minha, mas lembro-me da tua, da tua para mim, pois já o tinhas dito antes…na verdade não fizeste nada de novo comigo, talvez não tenhas aprendido nada comigo, talvez não tenhas conhecido sensações comigo…
Amo-te, Adorável, e, o meu pior medo é mesmo perder-te (L)
No passado dia 1 de Maio, o Sou uma pinxexa linda! “comemorou” o seu primeiro ano de vida, com 27 posts teve 3928 visitas e, 299 comentários.
Muito obrigada a todos.