Imaginei grandes momentos...momentos de sucesso, de risos, de relaxamento, de amor, de paixão...imaginei para nós um sem número de momentos felizes e únicos e sei que também os imaginaste diferentes mas igualmente para nós.
O conjunto de todos os momentos, dos imaginados e dos que não o sendo não foram menos importantes, é tudo o que de nós resta.
Acabou...
Nada fizeste para que o nosso fim chegasse, e eu, sabes bem que também nada fiz para isso.
Chorar não resolve nada ou sequer remedeia alguma coisa, mas é inevitável. Dizias que eu era forte só que não sabia e eu acreditava, acreditava porque eras tu quem mo dizia, acreditava da mesma forma que acreditava quando dizias que íamos ficar juntos para sempre.
Não sou forte como me dizias ser.
E que mais ninguém me venha com sentimentos ou lágrimas de crocodilo, ninguém sente tanto como eu.
Hoje achei que não conseguiria enfrentar o mundo, enfrentar as ruas, enfrentar os bancos de jardim, o café onde gostavas de ficar na conversa, enfrentar o jornal do quiosque que lerias calmamente...hoje achei que não seria capaz de enfrentar o mundo sem ti, porque em tudo há uma lembrança tua, porque em tudo há lágrimas a quererem ser choradas. Mas eu busquei forças, onde, não sei, mas elas vieram, arrastei-me até à exaustão, agora, agora só quero dormir, pois amanhã terei de voltar a enfrentar tudo sem ti.
Até já, Amor, encontramo-nos nos meus sonhos.
Não julgava possível encontrar no meu, o teu olhar, o certo é que o pousaste em mim...e nesse instante tudo mudou.
Tive medo de querer cada vez mais o teu olhar para mim, tive medo de o querer de mais, tive medo que perdesse todo o encantamento que tinha, tive medo que fosse um engano e que não o tivesses, afinal, pousado no meu e fugi, fugi como sempre havia feito. Mas de cada vez que levantava para o mundo os meus olhos, lá estavam eles, os teus, pousados nos meus, sempre pousados nos meus...mesmo obrigando os meus a fugirem dos teus, os teus puxavam-me para eles, como se de ímanes se tratassem...apresentei-lhes uma falsa resistência, sabia da minha incapacidade de lhes resistir. Não consegui evitar percorrer o caminho que me impingiram, o caminho que me levou a ti e, consequentemente, à felicidade.
Os teus grandes olhos são mágicos...como eu os amo.
De Anónimo a 12 de Setembro de 2007 às 17:06
"QUE BLOG DE PUTA DE MERDA !
Anónimo"
"A mentira roda meio mundo antes da verdade ter tido tempo de colocar as calças.
Winston S. Churchill"
Tenho a dizer uma coisa: hoje sou uma princesa mais desperta para a vida, e tudo tenho a agradecer ao caridoso anónimo, que me enviou a simpática missiva acima.
Tenho, claro, que admitir, que quando a li me senti vilipendiada, mas, hoje, com outros olhos e maior sabedoria, vejo em tais palavras cruas um elogio do meu ser.
Que escolha de palavras sublime! Que métrica! Que sonoridade! Que perfeição poética! Em tudo este comentário nos eleva, e nos pasma pelo seu génio escondido! Tudo! A metáfora, tão sublime, sugerindo que trabalho os meus textos como uma "puta" que faz bem o seu serviço! O uso do vocábulo "merda", que simboliza, naturalmente, o intransponível, a barreira que os meus textos são para quem não os entende, a forma como, tal como o cheiro nauseabundo de tal "presente", os meus textos afastam quem não está preparado para eles!
Por tudo isto (e sim, até pela escolha da assinatura, revelando uma classe superior: de facto este benfeitor, como todos os grandes benfeitores da humanidade, deseja permanecer anónimo, privando-me assim da oportunidade de lhe agradecer , e recusando, modestamente, a admiração da população geral!) tenho que dizer que este foi, sem dúvida, um dos melhores comentários á minha curta carreira literária.
O meu muito e muito obrigada.
A Princesa
Não aguento mais, nem mais uma lágrima, nem mais uma gargalhada, nada, não aguento mais nada, agora não consigo aguentar mais que ficar aqui deitada à espera que as horas passem, que todas as horas passem, qui no meio dos sentimentos, das frases, dos textos de outrora...
Choro tudo o que perdi e rio de tudo o que acreditei, de tudo o que sonhei, desejei e amei...e do que agora sou, uma sombra feliz do que em tempos fui.
Amei demasiados sorrisos, desejei demasiados beijos e abracinhos, sonhei demasiadas vezes e acreditei em olhos de mais.
Em tempos vivi amores que não o eram, realidades que não o eram e até tive amigos que não o eram e os poucos que eram quase que fiz questão de os perder.
Levei-me à ruína...uma ruína onde sou feliz, feliz como nunca havia sido, mas mesmo assim uma ruína, uma ruína onde apenas amo um sorriso, e vivo um amor que o é.