Fizeste de mim princesa…arranjaste maneira de mostrar a todos o que sentes e pensas de mim…fizeste-te pinxexo e arranjaste maneira de o mostrar a todos.
Quais as tuas verdadeiras intenções em cada um desses momentos? Não sei, nem sei se alguma vez as saberei…acreditarei sempre no que disseres, porque dizes sempre o que quero ouvir, e faze-lo sempre, não falhas uma única vez, dizes sempre o que quero ouvir, sempre, sempre,sempre …
Sabes, amor, às vezes não sei se acredito por ser, realmente, verdade o que dizes ou se acredito porque quero acreditar, porque preciso de acreditar, porque preciso das tuas palavras, porque preciso exactamente daquelas palavras vindas de ti…preciso de tudo isto para ter uma sobrevivência feliz, num mundo onde o verbo amar está banalizado, como se amar fosse para todos….que ideia mais ridícula…amar não é para todos. Só nós amos, eu e tu, os outros têm uma espécie de amor…eles pensam o mesmo de nós mas é obvio que o amor foi feito para nós, fica-lhes curto nas mangas a eles, pobres coitados, dizem o mesmo de nós, não sabem o que dizem.
Sabes, amor, antes de dizeres o que quer que seja eu não consigo evitar desejar que digas aquilo que acabas sempre por dizer…o facto de para mim estares a um passo da perfeição inibe-me, a um nível quase biológico, de duvidar de uma das tuas palavras, porque nunca acreditarei noutra pessoa que não em ti, porque não considero a existência de uma pessoa capaz de estar tão perto da perfeição que não tu, não existe mais ninguém tão perto da perfeição como tu, não posso duvidar de uma pessoa que é praticamente perfeita.
Por favor tenta nunca te aproveitar desta minha fraqueza.
O meu amor é cego quanto ao que os outros dizem.