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Era uma vez...

 

             Henrique, de seu nome fictício, é um homem, com cara de homem, com olhar que homem, com mãos de homem, com embirrações de homem, com desejos de homem, com hábitos de homem e com medo de crianças.
 
            Teresa, de seu nome não fictício, é uma menina, com cara de menina, com tamanho de menina, com sonhos de menina, com hábitos de menina, com mau feitio de menina, com birras de menina, com desejos de mulher.
 
            Era uma vez uma menina e um homem que se conheceram, ele queria ler descansado e ela, no banco ao lado, não parava de cantar, então ele levantou-se calmamente e, foi pedir-lhe para que se comportasse, disse-lhe que aquilo não se devia fazer, aconselhou-a de qual a melhor postura a adoptar, mas, começou a chover e correram cada um para seu lado para se abrigarem.
 
Se depois inconscientemente arranjaram desculpas para se encontrarem no jardim, se depois conversaram horas sem fim, se depois se desejaram intensamente…foi porque, porque foi? Não cheguei a perceber essa parte da história!
 
            Talvez sejam loucos. Talvez se amem. Talvez queiram o que lhes falta. Talvez queiram trocar de idades. Talvez ela queira embirrações de mulher e ele birras de menino. Talvez ele queira ter medo de mulheres. Talvez ela queira ter um olhar de mulher. Talvez…
 
            Ele só queria uma mulher para ver o entardecer junto às montanhas, para o fazer sentir vivo quando tudo o resto lhe faltar.
 
Ela, bem ela só queria um sorriso nos lábios, uma simplicidade ou um materialismo, um amor ou uma aventura, um sorriso nos lábios.
 
Eles queriam coisas diferentes.
 
A verdade é que ele teve medo, e fugiu. Ela ainda esticou o braço. Ainda lhe disse o que ele queria ouvir, mas porque queria ele ouvir aquilo? Não o fez regressar, não fez sentido, talvez ele seja louco, talvez ela seja louca, por ainda lhe ter esticado o braço para o tentar reter.
 
Talvez todos sejam loucos.
 
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publicado por Flá às 20:44

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8 comentários:
De Sofia a 3 de Agosto de 2008 às 17:39
Está lindo *.*
Não encontro palavras para comentar este texto. Apenas digo que está lindo...

Beijinho


De Flá a 4 de Agosto de 2008 às 08:51
Oh assim fico mal habituada, sinto que sou excessivamente mimada pelos meus amigos, piora um pouco quando os meus leitores são amigos queridíssimos

Já tenho saudadinhas de falar contigo querida

beijinho grande espero que esteja tudo muito muito bem contigo


De daplanicie a 18 de Agosto de 2008 às 11:31
Pode ser que, num outro momento das suas vidas, se voltem a encontrar e possam finalmente caminhar em direcção ao mesmo destino ao invés de seguir em caminhos opostos.:-)
Belíssimo texto! Beijinhos


De Flá a 28 de Agosto de 2008 às 17:06
Talvez alguns caminhos tenham mesmo de se cruzar momentaneamente e depois seguir em sentido oposto.

beijinho


De E. a 18 de Agosto de 2008 às 22:10
Era uma vez um rapaz dos seus 20 anos, num pais da União Europeia, e tinha um amigo do outro lado do muro (porque naqueles tempos ainda havia um muro a dividir a Europa em dois). O amigo era russo e vivia em Rostov no Don , uma cidade a beira do rio Don . Todos falavam mal dos comunistas , dizia-se que os comunistas comiam as crianças e contudo esse correspondente russo não parecia ser ma pessoa. Naquele tempos não havia internet, às pessoas escreviam cartas, pelo correio tradicional. Numa carta o europeu ocidental tinha perguntado ao amigo russo se ele costumava oferecer flores à namorada, de vez em quando. Não, tinha respondido o russo...eu prefiro deixar as flores nos campos...as flores são tão bonitas, pq corta-las?
E assim passaram os aninhos...mais de 20...quem terá sido feito desse velho correspondente russo?
Quem sabe!
Mas umas palavras dele ficaram gravadas na alma...
Deixar as flores nos campos...
E um dia essa pessoa vi uma flor lindíssima , e queria corta-la, aproximar-se dela, cheirar o perfume dessa flor.
Depois lembrou as palavras do amigo russo.
Não é altura de cortar flores.
Deixou essa flor no campo.
E essa flor continua linda e forte, perfumando o mundo.


De Flá a 28 de Agosto de 2008 às 17:09
Muito obrigada pelo bonito comentário que me deixou. beijo


De Pedro Leitão a 24 de Agosto de 2008 às 01:21
Teresa, de seu nome não fictício, é uma menina, com cara de menina, com tamanho de menina, com sonhos de menina, com hábitos de menina, com mau feitio de menina, com birras de menina, com desejos de mulher.

Muito bom :) Vejo progressos:P


De Flá a 28 de Agosto de 2008 às 17:03
Ainda bem, detesto trabalhar para aquecer.


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