Passei a noite a ouvir-te dizer-me, baixinho ao ouvido, “Adeus princesa” e aquela frase…aquela voz…aquele adeus tão definitivo...não me deixaram dormir, apenas chorar, chorar abraçada à tua almofada, aquela almofada onde não chegaste a dormir, aquela almofada que não chegaste a ver, aquela almofada que não cheguei a dar-te, aquela almofada a que me abracei para chorar.
Sem ti, sem as tuas palavras, sem os teus sorrisos, sem as tuas minhas coisas e momentos deixo de ser uma princesa, a princesa que não cheguei a ser, a princesa que apenas tu vias, a princesa que construíste e que agora, com essa voz e com esse adeus tão definitivo, desaparece…desaparece sem na realidade ter aparecido ou existido.
E o que sobrou de nós foi a tua minha almofada a que me abraço para chorar porque “amam-me demasiado as coisas de que me lembro”.