Durante muito tempo pensei que era bonita só porque o dizias, cheguei a pensar que era uma princesa só porque o dizias, mas não...sou-o realmente e tu só dizias a verdade.
Hoje deixei-me ficar ao Sol, sem a desculpa do jornal, do café ou da conversa, deixei-me simplesmente estar, abri as mãos viradas para o céu e deixei-me ficar...senti o Sol e o vento tocarem-me levemente...ah que saudades de sentir!
Não vai chegar o dia do teu pedido de desculpas, mas se chegasse já seria tarde...por vezes é tarde para tudo até para um “adoro-te”, para um “és-me tanto” ou até para um “amo-te”...tudo é finito e, o teu tempo já passou, o teu e o do vazio, porque depois de ti há um nada, um vazio.
Ouvi uma história de um homem que andava por todo o lado a falar do vazio que sentia no coração, ele falava do seu vazio com toda a gente com quem se cruzava, ele não dormia, ele não conseguia dormir de tão vazio que estava...depois de ti houve alturas em que nem conseguia falar, será que estive mais vazia que ele?
Mas hoje, hoje nada mais importa se não o sentir, sentir apenas por sentir, o sentir simples, o simples prazer de sentir e sentir o prazer de sentir.